Edson é cliente de longa data, grande volume e bom pagador da loja do meu pai. Meu gaydar sempre gritou perto dele, mesmo ele vindo sempre acompanhado do filho.
Certo dia o vi no Allegro e no Carnaval encontrei-o na Level (Ele foi até pivô de uma certa dicussão). Encontros que eu tinha tentado evitar ao máximo.
Na Level fiz questão de cumprimentá-lo:
- Oi Edson! Tudo bom?? Hoje tá bom aqui!
- Tá ótimo! Depois a gente se fala!
- Tchau!
Alguns meses depois....
Edson adentra a loja toda serelepe e faz um pedido enorme e eu estou no caixa.
- Oi! Tudo bem??
- Tudo perfeito! E você? Faz tempo que não aparece!
- Pois é! Mas então, fiz uma compra grande quanto você vai me dar de desconto. Sou seu "amigo"! (o amigo saiu bem enfático e irônico!)
- Deixe-me ver.
- L E M B R E - S E Q U E N O S C O N H E C E M O S D E O U U U U T R O S C A R N A V A I S ! ! ! ! ! (chantagem pura e simples)
Meu sangue ferve, meu pai ao lado.
- Pai, sabia que o Edson é baladeiro?
- É?
- Encontrei ele várias vezes na noite! Ele gosta de dançar como eu!!
Meu pai:
- Ah Edson! Eu não acredito que você, como esse moleque, se abala até aquela danceteria na Barra Funda pra ouvir bate-estaca!
Você já passou da idade disso!
Silêncio!
- Edson, sinto muito mas nas mercadorias que você escolheu não posso dar desconto. Tudo que você pegou está em promoção!
- Ah tá!! Posso te passar um cheque?? - bicuda.
- Claro!